quarta-feira, 24 de agosto de 2011

AGIOTAGEM, EXTORSÃO E AMEAÇAS

EXTORSÃO E AMEAÇAS. Colombianos presos por agiotagem - ZERO HORA 24/08/2011

A Polícia Civil deteve ontem, em Viamão, oito homens e duas mulheres, todos colombianos, suspeitos de agiotagem, extorsão e lavagem de dinheiro.

A investigação indicou que o grupo procurava pequenos comerciantes em dificuldades financeiras oferecendo empréstimos a juros de 30% a 40%. Depois, passava a cobrar a dívida diariamente, muitas vezes mediante pressão e ameaças. O esquema movimentava cerca de R$ 20 mil por dia.

RBS Notícias - Dez colombianos foram presos na Capital, 23/8/2011

Dez colombianos foram presos em uma operação contra agiotagem, extorsão e lavagem de dinheiro. Comerciantes da Grande Porto Alegre eram alvo da quadrilha.

sábado, 6 de agosto de 2011

GOLPE NIGERIANO



Empresários e funcionários graduados de multinacionais são alvo de bandidos sofisticados, que falsificam documentos, criam sites e empresas e atraem suas vítimas por e-mail. Flávio Costa - REVISTA ISTO É, N° Edição: 2178, 06.Ago.11 - 11:04

Os alvos são quase sempre médios exportadores em busca de negócios vultosos em terras desconhecidas. Ou incautos seduzidos pela primeira proposta tentadora que surge na tela do e-mail. Os bandidos falsificam documentos bancários e diplomáticos, criam sites de empresas inexistentes e inventam ofertas para atrair a cobiça das vítimas, cujos contatos obtêm facilmente na internet. Se você checar sua caixa de mensagens nesta semana, é enorme a probabilidade de encontrar uma proposta com teor semelhante. O nível de sofisticação é variável, mas o chamado golpe nigeriano costuma fazer vítimas de nacionalidades diversas e causar dores de cabeça em autoridades de vários países.

Um caso clássico aconteceu há pouco mais de um mês, na cidade de São Paulo. Policiais prenderam em um hotel na área nobre da capital paulista um nigeriano de 36 anos que tentou extorquir um empresário de Uruguaiana (RS). Durante quatro meses, em seguidas conversas por e-mail, o estelionatário tentou convencer o brasileiro a lhe entregar R$ 14 mil. O dinheiro seria usado para transferir para o Brasil US$ 16,4 milhões retidos em uma fictícia conta bancária de um “amigo falecido” na Nigéria. “O acusado dizia que, assim que o valor fosse transferido para uma conta no Brasil, ele daria 40% ao brasileiro”, disse o delegado Marco Aurélio Batista, que prendeu o nigeriano após ser informado do caso pelo empresário.

País com alto índice de corrupção, a Nigéria carrega a sina de ser associada a esse tipo de fraude, também conhecida como 419 Scam – número do artigo referente ao estelionato no Código Penal do país, equivalente ao 171 brasileiro. Não são apenas os nigerianos que praticam o golpe, criado por volta dos anos 80, mas eles se tornaram experts no assunto. E, nos últimos anos, ele passou a ter um caráter mais violento. Uma das últimas vítimas foi o executivo holandês Edo de Ronde, sequestrado há três semanas em Johannesburgo, na África do Sul, onde desembarcou atraído pela perspectiva de fechar um acordo milionário no setor de reciclagem. Durante dois dias ele ficou à mercê dos criminosos, mesmo sua empresa tendo pago US$ 15 mil dólares pelo resgate. Uma mensagem de texto enviada pelo celular permitiu à polícia sul-africana localizar o cativeiro e libertá-lo.

História parecida, e ainda mais violenta, viveu o exportador paraense Osmar Pereira, sequestrado na mesma cidade dias antes do início da Copa do Mundo de 2010. Ao procurar interessados em importar portas de mogno para o Iraque, ele encontrou, por meio da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, um grupo supostamente baseado em Dubai, nos Emirados Árabes. A venda girava em torno de US$ 4 milhões e as tratativas seguiam em um ritmo normal. Foram pelo menos três meses de trocas de e-mails e telefonemas. “Os papéis pareciam em ordem e eu era sempre atendido quando ligava para o telefone deles, não parecia uma negociação diferente de tantas outras que eu fiz em mais de 20 anos de trabalho com exportação”, afirma Pereira.

O sequestro foi anunciado assim que o exportador chegou ao aeroporto sul-africano. Ele foi levado a uma casa na periferia de Johannesburgo, onde também se encontrava cativo um executivo sul-coreano. Após sofrer três dias de tortura – foi amarrado e teve peito e barriga queimados por um ferro –, o brasileiro foi resgatado pela polícia. Os seis sequestradores, todos nigerianos, já foram julgados e condenados a 25 anos de prisão. Mas a quadrilha era comandada por um russo ainda foragido, o que revela o caráter transnacional dessas organizações. Pereira deve voltar ao país em setembro para um novo julgamento dos acusados. “Mas apenas se a Polícia Federal brasileira me oferecer segurança”, acrescenta.

Depois deste caso, outros três empresários brasileiros, da área de mineração, foram seqüestrados na África do Sul. O que levou a embaixada brasileira no país a criar uma página na internet para orientar quem quer fazer negócios no Exterior de maneira segura. “Conseguimos frustrar várias tentativas de golpe contra brasileiros. Numa delas, além de comprovar que a empresa não existia, obtivemos da polícia a informação de que o suposto empresário possuía vários antecedentes criminais por estelionato na Cidade do Cabo”, informa o adido da Polícia Federal em Pretória, Luiz Dórea. “É preciso checar diariamente o nível de segurança virtual, pois dados confidenciais podem estar vulneráveis para a ação de golpistas”, explica Rennan Fortes, diretor do site Blindado, especializado em segurança virtual. “Instalar sistemas de filtragem de e-mails é uma das alternativas para evitar receber mensagens de procedência duvidosa”, acrescenta André Carrareto, executivo da Symantec, que atua na mesma área.

O FBI criou uma unidade especial para investigar esse tipo de crime nos Estados Unidos, onde o nigeriano Okpako Diamreyan, disfarçado de príncipe, convenceu pessoas a doarem US$ 1,3 milhão. Ao explicar o que leva pessoas instruídas a cair nesse tipo de golpe, policiais apontam a cobiça pelo dinheiro fácil como fator preponderante. Mas ela sozinha não explica tudo. “Esses golpistas têm um enorme talento para criar uma trama verossímil que consiga ludibriar as vítimas. Qualquer um pode cair num golpe como esse”, comenta o historiador José Augusto Dias Júnior, autor do livro “Os Contos e o Vigário”, uma trajetória de golpes aplicados no País desde o século XIX. É quando a ocasião encontra a vítima e o ladrão.

CONTO DO BILHETE - APOSENTADA PERDE R$ 10 MIL


Aposentada sofre prejuízo de R$ 10 mil ao ser vítima de golpe - A TRIBUNA REGIONAL, SANTO ÂNGELO, Sexta-feira - 05.08.2011

Na manhã de ontem, em Santo Ângelo, uma aposentada teria sofrido um prejuízo de R$ 10 mil ao ser vítima do golpe conhecido por "conto-do-bilhete". Ela teria sido convencida por dois estelionatários a retirar da sua conta em uma agência bancária da cidade o valor solicitado pelos acusados.

A vítima relatou na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) que foi abordada por duas pessoas, as quais lhe prometeram que após encontrar um bilhete lotérico na rua, ela seria contemplado com um prêmio milionário.

Após efetuar o saque de R$ 10 mil e não mais avistado os golpistas, se flagrou que havia sido vítima de um estelionato.


Mulher cai no conto do bilhete premiado - diário do noroeste, 07 mai 2011

Uma mulher de 64 anos de idade foi vítima do antigo golpe do bilhete premiado. O caso aconteceu na última terça-feira, em Paranavaí, e só foi noticiada a Polícia Militar na manhã da última quinta. A vítima perdeu R$ 13 mil. O caso aconteceu no centro de Paranavaí, próximo da Igreja São Sebastião. A vítima foi abordada por uma pessoa que afirmou possuir um bilhete premiado e que não sabia ler. O golpista pediu uma quantia de dinheiro e em troca daria o bilhete à mulher que sacaria o prêmio no banco e ficaria com uma porcentagem. A vítima sacou R$ 13 mil de uma poupança e repassou ao golpista que desapareceu, sem antes deixar um pacote com papel, dizendo ser dinheiro. O superintendente da Polícia Civil, André Eberle, afirmou que nos próximos dias a mulher será procurada para ver fotos de golpistas que já “caíram” na delegacia. Eberle alerta a população de que o golpe é antigo mas que mesmo assim continua fazendo vítimas. “É preciso estar atento, existe aquele velho ditado que quando a esmola é demais o santo desconfia”, falou o superintendente. Apoio – Uma equipe composta por um delegado e três investigadores da Polícia Civil de Paranavaí esteve participando da megaoperação que aconteceu ontem em Curitiba. A ação resultou na prisão de 40 traficantes e líderes de gangues e na apreensão de 80 quilos de crack, o equivalente a 250 mil pedras da droga. (Por Robson Fracaroli)

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Cuidado, este golpe é velho, mas ainda funciona se a vítima vislumbrar ganho futuro de alguém que se apresenta em apuros ou demonstrando ignorância.